sábado, 22 de outubro de 2011

Os BinTTage nos Caminhos de Santiago... Dia 1 - S. Pedro de Rates - Tui

uma ida a Santiago de Compostela há muito que fazia parte dos planos dos BinTTage ...
alguns já o tinham feito, por várias vezes até, mas sempre integrados numa estrutura diferente...
desta vez, toda a organização foi BinTTage , com um número mais reduzido de bêtetistas e de staff.
após várias reuniões de trabalho e com tudo definido, os BinTTage fizeram-se ao Caminho!
primeiro, em 4 rodas (por acaso até eram 6...), até S. Pedro de Rates e depois em 2 rodas, até Santiago de Compostela.
para memória futura (isto é defeito profissional) aqui fica o registo dessa aventura/peregrinação, que cada um de nós viveu certamente de forma diferente, mas com uma certeza: estava com amigos!


carregava-se a Iveco com tudo o que se achou necessário...


depois de uma viagem sem incidentes e sem dormir, a igreja de S.Pedro de Rates, ainda iluminada pela Lua, esperava-nos...

esta igreja antecede a nacionalidade, tendo sido identificados vestígios materiais que remontam à época visigótica.
foi reconstruída em 1100 e é uma construção característica do românico, de planta em cruz latina composta de três naves e quatro tramos, ábside e absidíolos redondos, de falso transepto
o acesso faz-se pelo imponente portal axial de cinco arquivoltas e arcos de volta perfeita, inserido na fachada ligeiramente assimétrica com contrafortes, em que se destaca a decoração escultórica dos capitéis e, sobretudo, do tímpano.
sobre este portal, uma rosácea.
o portal lateral do lado sul, tem arquivolta dupla, colunelos com capitéis historiados e, no tímpano, em baixo-relevo o Agnus Dei.
toda a cobertura das naves é feita por tecto de madeira sendo a cabeceira abobadada em pedra.
diz a lenda de S. Pedro de Rates que este seria um bispo ordenado por Santiago Maior que, fugindo de Braga, aqui foi decapitado enquanto se encontrava a rezar.
um eremita chamado Félix deu sepultura ao corpo mutilado do bispo.
até 1552, este templo guardava os seus restos antes de ter sido transferido para a Sé de Braga.


primeiro posou o grupo dos bêtêtistas, segurando orgulhosamente a faixa BinTTage ...


depois todo o grupo...


depois de uma visita ao templo a pedir sorte para a aventura/peregrinação, tudo estava prestes a começar...


e lá fomos nós...


primeira paragem em Barcelos...
é preciso ter galo!


segunda paragem, a Ponte Romana de Tábuas.
erigida no sec. XVI com grandes lajes de granito, substituiu uma outra, de tábuas, já referida no século XII.


a chegada a Ponte de Lima, onde o staff nos esperava com o almoço...


Nuno Gomes carimba o passaporte de peregrino na Multiópticas de Ponte de Lima...


Francisco aproveita para animar o comércio tradicional de Ponte de Lima e compra fruta...


já na ponte, a despedirmo-nos de Ponte de Lima...


em Lugar de Riba Rio (Arcozelo) no Santrutas...


a encher água para a (difícil) subida da Labruja...


uma pausa na Labruja...


Ponte Romana de Rubiães...
nova pausa para falar com o staff e fazer um lanche rápido.

considerada do período romano, a ponte de Rubiães deve antes ser catalogada como obra medieval ainda que sejam muito fortes os argumentos e os indícios materiais, que apontam para a reutilização medieval de uma anterior estrutura romana.
de triplo arco escalonado e harmónico, todos de volta perfeita, mas sendo o médio de vão bem superior que os dois laterais (estes últimos mais semelhantes a olhais das pontes góticas que, propriamente, a arcos de sustentação), a ponte compõe-se de um tabuleiro de dupla rampa, em cavalete, característica que contradiz a tendência horizontalizante das pontes romanas.
a escassas centenas de metros, no lugar de Crastro, existe um marco miliário pertencente à via romana que, de Braga, partia para o Noroeste peninsular.
vinha do Sul, por Romarigães e Coura, cruzava o rio com este nome em Rubiães e seguia para Sapardos e Valença cruzando aí o rio Minho.
esta ponte serviu assim uma antiga estrada romana, mas apresenta características não-romanas, de que sobressai o tabuleiro em cavalete, facto que vem confirmar a sua reutilização (e reforma) na Baixa Idade Média


Nuno Aparício em altas...


eu e o Francisco...


Nuno Gomes e JJ Barroso...


a passagem do rio Minho em Valença...


a entrada em Espanha...


à procura do staff...


a chegada ao hotel em Tui...


o regresso a Valença para jantar...

um dia em que correu tudo bem...
a parte mais complicada foi depois do almoço... com a subida da Labruja, mas fez-se!
depois de 20 horas acordados... os BinTTage deitaram-se cedo pois sabiam que o segundo dia não ia ser fácil...

distância percorrida: 97,90 km
tempo demorado (sem as paragens): 6:31:53h
velocidade média: 14,9 km/h
velocidade máxima 56,4 km/h
desnível acumulado: 1496mt

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